domingo, janeiro 06, 2008

2008 e a critica: O Cromatismo do Pensamento



As vezes, somos confrontados com situações que desafiam a capacidade argumentativa, que justificam as opções que tomamos. Em nome da verdade, esses confrontos “argumentativos” tornaram-se mais religiosos e fanaticamente elaborados, que deitam a baixo qualquer que seja a outra verdade que possa existir.

Herdamos da História esta maneira de analisar os nossos argumentos com o princípio de “preto ou branco”. E a nossa esfera pública foi educada dentro deste princípio histórico de procura de pragmatismo para a acção colectiva. E de acordo com os vários comentários que tenho assistido na imprensa e nos vários palcos de debate, parece que a nossa esfera pública precisa de sair deste princípio “bi-color” de argumentação para um princípio “multi-color”, se quisermos transformar os espaços de debate e de exercício de cidadania mais inclusivo.
Importa referir que esta herança histórica de interpretação de fenómenos sociais, económicos, e ideológicos, no pragmatismo de “preto ou branco”, foi muitas vezes imposta pela ordem mundial durante muitos anos. Até aproximadamente 19 anos atrás o mundo estava dividido em blocos económicos, sociais e ideológicos, traduzidos numa fórmula simples de “nós” e os “outros”.

Que características, a nossa esfera pública, tem desta visão de “preto ou branco”?

Os factos históricos permitem identificar dois períodos distintos de organização social, económica e ideológica da sociedade. O período que vai da independência até a reforma constitucional de 1990 e o período que vai das primeiras eleições multipartidárias até ao presente. O que mais importa aqui, é analisar a transição de um período para outro, a mudança de valores, das teses ideológicas, a noção do estado e de governo, da relação entre o cidadão e a sociedade, do espaço público e da crítica, etc. Mas de uma forma dogmática a necessidade de construir e identificar inimigos ficou. E foi patente verificar como esta herança ficou entre nós, quando analisamos os pronunciamentos e as acções dos actores políticos e não só, durante a primeira campanha eleitoral e a convivência social e económica dos moçambicanos no espaço público durante o período que se seguiu às primeiras eleições gerais. Na esfera pública este fenómeno foi notável na maneira como eram categorizadas as nossas posições públicas sobre qualquer que seja o assunto, se não concordasse com políticas do governo significava que estava ligado à oposição. A esfera pública estava e ainda está influenciada por este princípio de “tomar posição” e não da capacidade de argumentar e debater. Uma situação, no mínimo absurda.

E como resultado desta “cultura ideológica” de tomar posições, assistimos hoje este debate dogmático sobre a posição que um académico deve tomar no debate público e no exercício da ciência. E parece-me que as escolhas que são oferecidas por alguns “iluminados” intelectuais e académicos baseiam-se no princípio do “preto ou branco”. O princípio do “preto ou branco” resulta desta capacidade argumentativa de que o mundo é feito de pragmatismos e posições. O mesmo aplica-se a esta visão dogmática para categorizar o exercício intelectual como sendo da esquerda ou da direita.

Esta maneira de categorizar o pensamento, a ideia, o sonho, a vida, a palavra, dos moçambicanos é muito injusta e antiquada. Não só periga o espaço de debate, como também o futuro do país. A ideia do avanço tecnológico de substituir a imagem a preto e branco para uma imagem colorida (multicolor) no aparelho televisor, resulta desta vontade humana em reconhecer a diversidade e pluralidade das nossas acções e escolhas (por exemplo: nas cores).

Quem não gosta de ver os documentários a preto e branco sobre Samora Machel ou Eduardo Mondlane? Acho que todos queremos ver durante um tempo, mas depois queremos ver os documentários multicolores do “Ver Mocambique”. E todo este exercício traduz-se no debate público. Ver as coisas no princípio preto ou branco traduz-se no esquema “nós” versus “nossos inimigos”, no debate sobre a coisa pública. A intolerância que alguns tem para com: a sociedade civil; a classe política; a transparência em políticas públicas; a protecção ao meio ambiente; a oposição; o governo; o activismo académico, a associação de profissionais, resulta de um pensamento dogmático que impede a livre participação dos moçambicanos no “mercado de ideias”.

E mesmo aqueles que preferem o princípio de “preto ou branco” na compreensão das relações sociais, académicas e económicas dos moçambicanos, tem que saber que não detêm o monopólio do espaço público. Porque esse princípio serve a uma fórmula objectiva e subjectiva de interpretar o mundo, e não tem nada de pragmatismo e metódico, tal como pretendem fazer-nos acreditar. E mais do que promover uma cultura de debate e crítica, promove-se uma “crítica-fobia” nos moçambicanos.

Existe aqui um ponto crucial que vai levar muito tempo para ser compreendido e documentado. Este ponto relaciona-se com a nossa história, porque os interesses de Moçambique na formulação de uma ideologia não nos levam a lado algum. A História mostrou-nos que o interesse dos moçambicanos não pode ser:
1) construído na base de ideologias que mal estudamos e conhecemos;
2) com base em fundamentos académicos que excluem o direito ao exercício da cidadania;
3) negando o desafio da modernidade que está em reconhecer o papel importante da diversidade e da interdisciplinaridade do campo cientifico e
4) a complexidade das instituições e dos problemas sociais e económicos servem de oportunidade para continuamente produzir ideias e crítica no espaço público.

A mudança da imagem a preto e branco para a imagem colorida hoje é reconhecida como um dos importantes símbolos da modernidade. E isto aplica-se a nossa sociedade em relação aos dois períodos históricos acima referenciados. Negar a modernidade no espaço público, significa negar a complexidade e aceitar o mundo de ideias simples “preto ou branco”. E esta maneira dogmática de pensar no meio académico, no espaço público, na classe política, na sociedade civil; poderá ser fatal para nós como um país pobre, num mundo político e economicamente complexo. Porque a realidade não é só multicolor é também de cabeças duras.

17 comentários:

Aguiar disse...

interessante Caro Chapa100.
mto interessante mesmo. se me permite gostaria so de reforçar a sua imagem multicolorida,relembrando que o espectro de luz visivel assume diversas cores: do violeta ao vermelho, em funçao do comprimento de onda. Uma exepriencia, penso, que todos nos ja fizemos na escola, é fazer incidir a luz branca sobre um prisma, observa-se a decomposição da luz branca nas cores do arco-íris. aquilo que se nos apresenta como "branco" é afinal "muticolor".complexo.como a sociedade. complexo. como a panoplia de dsiciplinas que integram a academia. complexo. como o sentido das nossas acçoes e porque nao das tomadas de posiçoes...

Gostei do seu texto. excelente.
espero, sinceramente, que dê um outro rumo ao debate sobre a posição do académico na esfera publica, na academia e na sociedade de uma maneira geral...

Bayano Valy disse...

concordo com a aguiar. o texto está excelente pese embora nalguns momentos também caias nos erros que se cometem pela bloguesfera, mas reconheço que o texto é excelente.

talvez o que se nos afigura fazer é vermos como podemos saír dessa visão maniqueista que descreves. isso sim, podia ser um exercício também excelente.

mãos à obra

Egidio Vaz disse...

Chapa, muito obrigado pelo papel que está agora a assumir. O debate endoideceu, o rancor veio a tona e as pessoas já não estão a pensar. Apenas a acusarem-se. E eu não tenho tanta pachorra para escrever tão bem como tu. Obrigado pela mensagem mui importante. Principalmente porque irá levar os cabeças-dura que mencionaste a pensarem um pouco!

Anónimo disse...

Caro Chapa100!
Excelente texto, a abordar um tema crucial e que tem flagelado nao so Mocambique, mas Africa em geral (eventualmente, outras partes do mundo tb) e numa altura em que a bloguesfera mocambicana tem estado a deteriorar a qualidade do debate e ate promovendo essa "exclusao"! O que acontece e' que esses ro'tulos (inimigo, oposicao, etc) surgem como uma "estrategia eficiente" de fuga ao debate! E essa atitude (muitas vezes quando o argumento nos foge), nada mais revela senao, desonestidade e falta de sinceridade ! Mas eu acredito que, quando o interesse comum for prioridade e estiver na agenda de cada um, e se nao houver interesses ocultos (maquilhados nesse palavreado), o bom senso prevalecera' e a argumentacao de outrem, sera uma oportunidade soberana e bem vinda, para reformularmos as nossas ideias! Nao tenham duvidas que Africa precisa disso e tera um "boost" quando esse espirito reinar entre no's! Um abraco e boa semana a todos!

chapa100 disse...

caros colegas bayano, aguiar, egidio e jonathan! obrigado por terem passado pelo chapa100, a vossa preocupacao em relacao ao futuro da critica, do espaco publico tambem preocupa-me. acho mais facil criticar o individuo do que o sistema que o suporta, o acarinha, descaminha, etc.
aqui no chapa100 a coisa funciona assim: a roupa lava-se em casa e podes "estende-la" na janela do chapa para secar, mas roupa suja ou antiga lava-se em casa, porque senao as pessoas passam a dizer que no chapa100 lava-se a roupa, aqui transporta-se passageiros e se o cobrador deixar pode-se aproveitar secar a roupa se a rota nao for curta.

falando sem humor, acho que a blogsfera aprendeu muito com os "bifes" como diz o bayano, eu aprendi muito com todos os "bifes" e "bifadores", e o mais importante esta na diversidade ou perfil dos blogues, aprendendo a fazer a critica na diversidade. a esfera publica precisa disso, nao pretendo com isto dizer que a diversidade signifique legitimar a mediocridade, mas dar espaco para que ela possa se transformar, aprender a dialogar, argumentar, e negociar as suas certezas de valores, crencas, ideias, metodo, etc, nao vai ser facil, porque aqueles que estao melhor preparados e tem capital simbolico e intelectual para isso, ainda nao se aperceberam desta necessidade. e como cantava o gorwane com a musica de educacao civica: nao empurra, ha espaco para todos.

Elísio Macamo disse...

caro jorge, obrigado pela tua atitude reconciliatória. ela documenta, contudo, justamente o que tu estás a dizer. eu lamento bastante ter colocado muita gente na difícil situação de terem de se posicionar claramente. não devia ter feito isso, mas o exercício de cidadania que tu queres ver preservado obriga-nos também a isso. teria gostado ainda mais do teu texto se ao tentares reconciliar posições não o fizesses com recurso a uma caracterização problemática das posições. esperar que alguém observe certos critérios na intervenção pública não é dogmático, nem precisa de ser feito por um "iluminado"; insistir na observação desses critérios não limita o exercício de cidadania de ninguém; senão, jorge, não faria sentido a crítica que todos nós fazemos de seja o que for; senão não faria sentido a tua tentativa de reconciliação. o que estás a fazer senão, pelo bom senso, exigir que todos nós observemos certos critérios na nossa intervenção pública? eu não retiro nada da substância do que disse e escrevi, pois ao longo de toda esta "discussão" pautei pela confrontação de ideias e em reacção a atitudes que ferem o nosso sentido de decência. compreendo que tu e muitos outros se sintam sintam decepcionados pela forma como eu pelo menos reagi a isto. o tom de voz foi muito alto e vou precisar de muito tempo para voltar a recuperar o respeito que algumas pessoas tinham por mim. só que a licção que temos que tirar disto não é de que todos têm a liberdade de falar como entenderem. esta "discussão" trouxe a necessidade de definirmos isso muito claramente e essa necessidade vai continuar aqui por muito tempo, mesmo se os nossos teclados permanecerem em silêncio. o exercício de cidadania é activo e vai exigindo cada vez mais que assumamos posições sob o risco de sermos aplaudidos por todos.

Patricio Langa disse...

Caro Jorge.
Infelizmente, apercebi-me relativamente tarde que havias escrito este excelente texto. A intenção, mais uma vez, é nobre. Que o debate se tornou áspero penso que todos concordamos. A tua caracterização dos de – gladiadores não é fiel. O Elísio antecipou-me ao apontar o problema. Não preciso enfatizá-lo, pois penso que deve sobressair a tua intenção. No final das contas devemos voltar, mesmo que tacitamente, as “regras da competência no debate”. Sem ela, reina a anarquia. E já vimos aonde está ausência de regras nos conduz.
Bem haja o debate com regras.
Abraço

Reflectindo disse...

Parabéns pela excelente reflexão, chapa100, aliás Jorge.

chapa100 disse...

caro elisio! obrigado pela tua interpelacao. entendo a tua questao "primaria" para os criterios que devemos cultivar se queremos desenvolver um pensamento critico producente na esfera publica. no meu texto nao consegui tambem escapar aos exageros na qualificacao fiel das partes envolvidas no debate. mas com isso nao quis exercer um papel reconciliador, parece-me que nao ha nada que reconciliar mas que registar e reflectir e debater. nao acho elisio que tenhas baixado de nivel, como alguns "pretendem" fazer conhecer, o debate tem suas nuances, as vezes pouco aceitaveis, mas nao deixam de ser o reflexo da inquietacao do conhecimento. imagino caro elisio que ja tiveste a oportunidade de presenciar uma conferencia academica ou cientifica, bate-se duro as vezes com estilos que parecem pouco elegantes, mas nao retira o prestigio do debate, do confronto intelectual.
para mim foi interessante este debate na blogsfera, mas do que produzir clas, grupos, etc, ele revelou as contradicoes que podem advir de um debate ou de uma cultura critica, se nao respeitamos criterios e legitimamos argumentamos problematicos e posso crer que foi um previlegio para muitos de nos presenciar este debate sobre criterios, sobre a critica social,o desabafo, os limites da producao academica e o activismo politico ou social e deve ter contagiado outros espacos alem da blogsfera. e lembro-me elisio que falaste no ultimo encontro em que estivemos juntos, da necessidade de separar as emocoes, distanciar o "individuo do pensamento reflectivo", se estiver errado corrija-me, a mim obrigou-me a reflectir sobre isso, acabei produzindo um "paper" para os meus alunos discutirem o nivel de envolvimento emocional durante as nossas mini-conferencas academicas. e nessa reflexao o pensamento do popper e thomas kuhn, foi interessante na analise teorica do espaco da ciencia e do individuo.
e para terminar neste comentario que ja vai logo, estou mais convicto que precisamos mais reflexoes tuas e de outros bloguistas, so assim chegaremos a conclusoes como essa da necessidade de criterios, etc. obrigado pelo comentario mais uma vez.

chapa100 disse...

caro patricio! obrigado pelo comentario! parece-me que o debate nao foi motivado pela falta de regras, acho que houve mais do que isso.
mas o espaco da blogsfera aprendeu muito, com todos.

chapa100 disse...

reflectindo, obrigado pelo comentario!

Aguiar disse...

Carissimos, se me permitem, reconheço que sou atípica, porque não moçambicana, enfim, atipica, por ser uma intrometida, típica, portanto, reúno as condiçoes essenciais, para que o chapa100, Bayano, Egidio Vaz, Prof. Macamo, Prof Langa, o Jonathan e o Reflectindo se juntem e ponham-me a correr daqui para fora. O grupo outrora bipolarizado (branco e preto) identifica o “novo alvo a abater” –eu – o grupo torna-se mono-color , a cidadania outrora ameaçada é miraculosamente regenerada. Reconciliaçao. A questão que se coloca agora é de saber se os problemas serão assim resolvidos? Noutros termos, sera que a reconciliaçao, em nome da cidadania, esgota assim as divergências que existiam em torno do método? Sera? Sinceramente meus Senhores, com todo o respeito, penso que não...
Estou eu em contradição com o meu primeiro comentario? não creio. Continuo a achar o seu texto, excelente, caro chapa100, na medida em que, pode abrir outras pistas para o debate e, com a introdução e discussão de novos termos como a “reconciliação” por exemplo.
Estou cansada, de ver o Professor Macamo, a lamentar-se, a desculpar-se, a arrepender-se... desculpar-se nao vai inverter a situação. dir-se-ia que foi apenas o sr, Prof Macamo, quem criou esta situaçao. É, verdade que não gostei dos seus ultimos textos. O Prof habituou-nos num passado recente, a um estilo diferente. ao ter havido violencia, esta surgiu num quadro de interacçao tacito. certo,tenho saudades do estilo, cordato e elegante do prof m. Mas, isto nao me leva a dizer que a confrontaçao de ideias, enqto tal, é uma coisa má, atroz, escandalosa, abominavel, para a academia, para a esfera publica, no limite, para o país! Alias, porque teria que assim ser? Alguém pode explicar-me? Continuo a pensar que, foi, justamente, o dissimular de fracturas que vieram aprofundar as clivagens que originaram os dois campos. Os esquissos desses campos foram-se desenhando. Esses campos estão-se desenhando e com eles as regras que o regem. Regras essas que assumem um cariz particular. Ao invés de se fazer valer as ideias, de cada um e de cada outro, com argumentos, tenta-se validar ideias atraves da ridicularização, do silêncio, das indiretas, da idolatria... talvez, esta atitude, em si seja critica! Envianos para as seguintes questoes: como incluir o silêncio no debate? Como incluir as indirectas no debate? Como interpretar o silencio dos teclados? A formaçao de novas alianças (refiro-me por exemplo ao grupo do blog moçambiqueonline que foi crescendo à medida que o “debate” endurecia) serão uma reposta? Pode-se considerar o aumento de visitas aos blogs como uma participação no “debate”? Pode-se considerar o aumento de visitas aos blogs como a validação dos métodos preconizados por ambos os campos? O facto de existirem dois campos fecha a possibilidade da nascença de um terceiro grupo? Devemos continuar a dissimular as fracturas existentes em nome da reconciliaçao, da modernidade, da cidadania, da uniao nacional?
...a confrontaçao de ideias, parece-me necessaria, enqto maneira dos moçambicanos clarificarem seus reais interesses, enqto espaço de clarificaçao do debate. Confrontação. não quer, necessariamente dizer, conflito, tensão. Confrontação, nao é agressão, confrontação não é humilhação, confrontação, nao é ridicularização. Confrontação pode ser um convite ao reforço de laços de sociais, pode ser a procura de pontos de indiferença para validarem a diferença. Confrontação pode ser apenas um espaço de discusão de reflexão, um espaço de interacção, um espaço onde estabelecemos laços sociais, um espaço onde acarinhamos métodos diferentes para exprimirmos o bem que queremos ao nosso país. Confrontaçao pode ser um convite à reconciliação. Confrontaçao nao é sinonimo de inimizade. Até porque ser amigo, não é estar sempre de acordo com o outro, isto seria facil de mais, e o mundo seria, tristemente, monocolor. Lembro-me, por exemplo, qdo Simone de Beauvoir (tema de actualidade aqui) publicou o celebre “segundo sexo” foi duramente criticada, entre outros pelo seu amigo Camus, mas ela nunca se remeteu ao silencio, em nome de uma reconciliação, bem ao contrario, marcou a sua posiçao (dela) sendo coerente com ela propria e suas ideias, nao se furtou ao debate, bem ao contrario...
Ja falei demais e vocês ja devem estar fartos desta intrometida, por isto fui... desejo-vos sucessos para as fases seguintes e que os pensadores moçambicanos continuem a progredir. Saudaçoes cordiais.

Aguiar disse...

ups! depois de varias tentativas la consegui postar o meu comentario. apercebi-me que o chapa 100 ja havia respondido. desculpe.

Elísio Macamo disse...

caro jorge, cara iolanda, precisamos de mais debates desta natureza como o que está patente nos vossos comentários. iolanda, podes ter a certeza de que és bem vinda no meu blogue. não estou a pedir desculpas pela substância do que disse e escrevi, pois isso ainda está aí à espera de interpelação. o que realmente lamento é o facto - que pode ser apenas impressão minha - de o tom do "debate" ter conduzido algumas pessoas a pensarem que deviam optar por uma ou outra pessoa. é evidente que a opção não é essa e isso está patente nos vossos últimos comentários. a nova rubrica que iniciei agora resulta directamente disto. porque é que as nossas decisões são quase sempre morais?

chapa100 disse...

aguiar! as tuas questoes requerem um dialogo permanente sobre o espaco critico e a sua diferenciacao. nao acho que a reconcliacao visa substituir a exigencia do metodo, ou do rigor analitico. parece-me que a maioria dos blogues mocambicanos nao resultam da procura do metodo. a confontacao resulta da interacao, como dizes, mas ela responde tambem a um exercicio continuo de exploracao e reflexao interagindo com outros bloguistas e leitores.

Aguiar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Aguiar disse...

Okay. Chapa 100, estou perfeitamente de acordo consigo. Tem toda a razao.