terça-feira, outubro 30, 2007

la famba bicha 13






CENTENAS de munícipes de Maputo afluíram ontem em massa ao “Maputo Shopping Centre”, com objectivo particular de testemunhar a abertura ao público daquele que é o maior centro comercial até então construído no país, e com capitais totalmente moçambicanos, num investimento do Grupo MBS, liderado pelo empresário Momade Bachir Sulemane. Maputo, Sábado, 27 de Outubro de 2007:: Notícias


1- Escolhi o nome chapa100 para este blog motivado por razoes de estética e de convivência social. Com andar do tempo, fui obrigado reconhecer este amantismo exuberante com a memoria e o tempo que dispensamos a coisas na vida. As vezes somos obrigados a deixar que os outros tomem conta de nos, "empacotem" nossa liberdade com outros sentidos. Alguns mais violentos e outros mais amiúdes. O mais caricato é a nossa serena condição de leva-tudo, já nao basta que consumamos tudo. Tudo aquilo que nos olhos nao cabe para contemplar e na língua chega para saborear. Somos vendedores do nosso próprio destino, os mukheristas da indiferença.
Escrevo isto porque nasceu mais um cogumelo gigante em Maputo. Em muitas sociedades é símbolo da pós-modernidade. Anos e anos comparávamos o nosso atraso em relação a África do Sul, usando este cogumelo como indicador. A diferenca entre este cogumelo e o baoba de pemba, nao esta na sua gigantesca oponencia, mas na sua urbana e desumana vontade de entreter o futuro. O cogumelo anuncia um futuro, que só se manifesta dentro dele. Só que este futuro precisa de bilhete de passagem, Tao moderno quanto isso. Nao há boleia para o futuro, assim como chapa100 nao da boleia, paga e chega ao destino ou espera uma nova e quase que inexistente chance de negociar um nova viagem para o futuro.
O baoba de pemba, esse reserva agua, frutos, medicina, sombra, tudo que no deserto faz um futuro. A sua oponencia é Tao humana, como a nossa vontade de viver mais e ter memorias de uma Pemba presente e indicador da nossa real existência.
2 - O que inquieta-me com este cogumelo, é a sua real vontade de ser urbano. O mais problemático é o silencio dos que requisitam e facilitam a existência destes cogumelos. Quando este shopping Center foi planificado onde estavam os arquitectos e urbanistas cá da praca. Onde estavam os economistas, cientistas sociais cá da praça. Imagino que estavam nos escritórios ou nos blogs como eu. Um vicio perigoso esse, o nosso. Que impacto este cogumelo vai ter nos pequenos empreendedores de lojas na baixa e outros lojistas de Maputo? Com o trafico e o engarrafamento que temos na baixa, o que este cogumelo vem acrescentar de mais valia ali na baixa? sabemos ate agora que o parque automóvel em Maputo, da baixa em particular, utiliza/ocupa espaços que deviam ser dispensados para lazer ou para o peão, e com este cogumelo quantos espaços de parqueamento serão criados, que permitem a devolução dos espaços de lazer para os citadinos de Maputo? Esta historia de que este cogumelo vai criar nao sei quantos postos de trabalho nao pega, que relação existe entre os postos de trabalho que ele cria e os que ele destroi no pequeno comerciante? E nao temos informação se este cogumelo, como muitos outros que em nome de investimento moderno, recebeu isenção fiscal? e se recebeu isenção fiscal quem vai pagar os passeios destruídos pelos carros que galgam, ocupam os espaços reservados a lazer, o tempo perdido no engarrafamento naquela zona da baixa? erário publico. eu digo os meus impostos.
3 - Não estou contra cogumelos do futuro, mas este futuro que nao trás qualidade de vida aos citadinos de Maputo nao anima. O exemplo que temos da forma desordenada como sao feitas as coisas, o prédio cimpor no cruzamento entre a 24 de Julho e a Julius Nyerere, roubou o espaço de respiração e estética daquela cintura, o mesmo aconteceu com o prédio dos chineses e outro nao acabado ali em frente ao tribunal supremo, aquele espaço podia ter sido usado para reflorestamento e protecção de barreiras, anexando aquilo ao jardim botânico, o nosso Tunduru. A outra coisa que nunca entendi, é a mania do deixa andar que permitiu a construção de condomínios e supermercado na zona do costa do sol, sem estudar a questão de mobilidade, saneamento, vias de acesso, protecao a orla marítima, (sem contar com a destruição de mangais e dunas). E o cumulo, a nossa elite do deixa-estragar esta la todo o fim de semana, com um parque de viaturas insustentável para aquela zona, disputando o espaço com o peão, banhista e a vegetação/arvores ali existente. Nao é altura de interditar a circulacao de viaturas aos fins de semana para aquela zona?.
3- entao manos, tambem preferem cogumelos e nao boabas? nos bairros perifericos de maputo ja temos cogumelinhos, uma chatice desse desenvolvimento futurista.

segunda-feira, outubro 29, 2007

Azagia e o seu Babalaze






recebi do azagaia a informacao da disponilidade do seu novo video "A MARCHA", confira aqui.  E de que "O BABALAZE estará disponível nas lojas a partir de 11 DE NOVEMBRO, PARTiCIPAÇÃO ESPECIAL do mano VALETE". trabalho lancado pela Cotoneterecords.




sábado, outubro 27, 2007

chapacentadas ideias



com o debate interessante sobre a integracao regional, o acordo de comercio entre SADC e Uniao Europeia, a cimeira africa-europa, o papel da ajuda como agente dinamizador nas relacoes com a periferia, convido aos chapacentados manos da blogsfera a ler " O Poder Global e a nova geopolítica das nações"  livro do cientista politico brasileiro José Luís Fiori ( 2007)  onde podemos ler que “a política só pode ser eficiente onde exista algum poder a ser conquistado, e cujas diretrizes possam ser alteradas”.

terapia jornalistica

Na actividade de psicoterapia, ou mesmo psiquiatrico, lidamos sempre com a questao etica e de tecnica/intervencao: control e ajuda.
E porque este "dilema" professional faz nosso quotidiano na aprendizagem e popularizou muitas teorias e escolas da cienca psico-comportamental. Na nossa relacao com o paciente e ou cliente, inventamos varias "dicas" para lidar com a situacao de escolha de tecnicas, intervencao, e metodologias. E todas estas escolhas sao sempre acompanhadas de humor.
veja aqui um caso interessante de como Pedro Nacuo, exercita o control em forma de ajuda (conselhos), caso para dizer terapia jornalistica.

terça-feira, outubro 23, 2007

a paz é sinonimo de um pais que existe


E veio. o prémio. Brilhante como um cometa livido, que nunca vimos. E o mundo pergunta, quantos dormem e nunca sonham. E o sono diz: quero a paz para sonhar.
A paz tem o feitiço de nunca habitar o imaginário de muitos vivos. Tao arbitraria é a sua escolha, que faz nosso destino uma infância de espinhos. De sonhar angustiante para alem do sonho de estar vivo. Sonhar esforçado para que cada silencio de armas e lágrimas seja tão real. Assim foi nosso quotidiano, correr para alem do sono, por isso inventávamos amuletos e maparamas, para emprestar o sonho aos vivos, e esperar que a noite caia e possamos sonhar o real : a paz. este prémio junta-se ao real da nossa descoberta: a paz esta nos homens, nunca transcendeu a vontade do corpo, do espírito e da vida. só dos homens depende a paz. parabens presidente Joaquim Chissano.
"Poema do Futuro Cidadão"
Vim de qualquer parte
de uma Nação que ainda nao existe.
Vim e Estou aqui!
Não nasci apenas eu
nem tu nem outro...
mas irmão.
Mas
Tenho amor para dar as mãos-cheias.
Amor do que sou
e nada mais
E
tenho no coração
gritos que nao meus somente
porque venho de um pais que ainda nao existe.
Ah! Tenho meu Amor a todos para dar
do que sou.
Eu!
Homem qualquer
cidadão de uma nação que ainda nao existe.
In "XIGUBO", Maputo, INLD, 1982;

domingo, outubro 21, 2007

O mundo, com duas vidas e um jovem II




no ambito to projecto one day in maputo, Honza Zaloudek e Jorge Matine fazem a janela de praga, um prefacio ao livro amordezinco ( 2005).

sexta-feira, outubro 19, 2007

zarolho, o poeta de mabuzina 2

O comboio parte duas vezes por dia. As cinco horas da manha com operários e prostitutas. Quando o sol já nao se esconde, dez horas da manha com alunos e contrabandistas. Não há comboio de regresso. São 10 km que separam a vila da ultima localidade. Porque o rio corre o lado norte da vila, todos regressam de barco. São catorze barcos que regressam. Os estudantes e contrabandistas são os primeiros passageiros.
Estamos habituados que o sol nasça cedo. Não há poente, mas há cacimba, moscas e algumas baratas que desaparecem, no passo apressado do operário atrasado. O nosso esconderijo é um hotel velho, de dois andares. Os quartos do ultimo andar sao os únicos ocupados. Não há cozinha, mas funciona o bar quando celebramos um assalto. O gerente somos todos nos, mas a puta cacilda cuida da cobrança para uso da casas de banho. Não há canalização, rebentou. Os ratos roeram tudo. Dizem os mais velhos, hospedes sem bagagem. O Pedro vive cá a 5 anos, tem feitio de ser o mais o velho, fala pouco e todas as putas chamam-lhe “o zarolho”. O nome é antigo como os sapatos pendurados na recepção do hotel e a cadela que adoptamos. A zarolha nao ladra, coca-se todo o dia. Zarolho disse que ela foi assustada pela buzina do comboio, nao mais ladrou

sexta-feira, outubro 12, 2007

A andorinha do mugabe 2



1- O debate sobre o Mugabe é um tema fantástico. Porque tem muito haver com a nossa relação „ ambivalente“ com o mundo. No mundo do fantástico, a ambivalencia esta na subjectividade dos espaços e dos seus actores, no dilema entre o real e a ficção.

No primeiro texto nao era intenção minha „misturar“ a minha biografia, da adolescência, com o realismo instrumentalista do debate sobre o mugabe. Apesar de entender que os espaços da nossa afirmação e sobrevivência social resultam dessa interacao do fantástico com os espaços de identidade e interpretação do nosso percurso „histórico“.

A crença infalível da andorinha nao esta na sua relação com o fantástico, mas na sua interiorização. Assim como o poder (no caso do mugabe), nao esta na sua manutenção, mas na interiorização dos instrumentos e sistemas que permitem identificar esse poder na relação social numa sociedade.

2 – A complexidade da nossa historia de libertação nacional, como a do zimbabwe, tem vínculos na promoção do fantástico, personificados na nossa sugestão sobre a critica, valores de soberania, percepção do estado, da democracia, de justiça, de cidadania, e da autonomia politica e moral do individuo.

Os defensores da politica do mugabe, baseiam o seu argumento na complexidade da historia de libertação dos povos africanos contra o jugo colonial. Que a politica do mugabe é ainda a continuidade da luta de libertação contra o regime racista de Ian Smith, ontem e hoje representado pelo Governo britânico. Só que este argumento é problemático porque hoje Zimbabwe é um pais soberano, que assenta em valores de uma sociedade capaz de autonomia moral e politica.

3 - A autonomia moral e politica representa os mais altos valores de justiça, segundo a filosofia dos movimentos de libertação, que eram negados aos povos africanos pelo colonialismo. A luta dos movimentos de libertação estava assente nos princípios de justiça entre sociedades e justiça dentro da sociedade. Para isso basta ler os documentos levados pela FRELIMO a Lusaka e o manifesto da ZANU em Lancaster House.

O Elísio macamo num dos seus „vários“ textos escreve que nunca chegou a entender porque após a independência escolhemos um sistema que se mostrava incoerente e insustentavel no mundo como sistema de organização social, económico e politico adequado para Moçambique. Jacinto Veloso no seu livro memoria do voo rasante faz uma bela e intrigante tentativa para justificar a nossa „opção“ soberana. O contexto da guerra fria, a opressão e dominação racista e injusta aos povos Sul africanos e zimbabweanos e a nossa incondicional solidariedade pela autodeterminação do povos são algumas das muitas razoes que justificaram nossas opcoes politicas no passado.

Neste contexto do questionamento do fantástico, pergunto-me as vezes o que levou a RENAMO a optar pela guerra civil como opção única para instalar a democracia em Moçambique? A renamo muitas das vezes justifica que a guerra civil foi justificada pelo tipo de regime e sistema instalado em moçambique: marxista-Leninista, que negava a democracia.

Esta justificação da RENAMO é problemática porque ela faz uma relação directa que a falta de direitos democráticos automaticamente leva a guerra civil. Problemática ainda porque baseia-se na razão de que as nacoes democráticas nao vão para a guerra.

4 – Então numa leitura „apressada“ diríamos que a andorinha do mugabe é esta problemática forma de ler as relacoes sociais, económicas, e politicas no mundo. Para mugabe as suas opcoes politicas nao são coerentes com a experiência de luta dos africanos sobre a construção de um estado menos fictício e mais real, que é o maior desafio que a modernidade oferece aos povos africanos. A opcao do Mugabe é esta problemática forma de nao saber diferenciar os espaços etnocentricos e ocidental de inspiração politica e os espaços de afirmação e realização real das aspiracoes sociais e politicas dos zimbabweanos.


Para os moçambicanos, segundo os varios paineis de debate na blogsfera, queremos que os valores e instituicoes de convivência e organização politico-social sejam mais justas dentro da nossa sociedade e também na nossa relação com outros povos. Por isso o Zimbabwe interessa a muitos de nos e muito mais , o zimbabwe é o melhor termómetro possível hoje de medir o nível de valores e princípios que guiam as nossas instituicoes democráticas e nossa elite politica nacional sobre a concepção de justiça e liberdade dos povos. A indiferença ou a tolerância do nosso governo em relação as injustiças sociais e politicas influencia o nosso dialogo com outros povos e com a concepção do mundo. As opcoes de realização dos povos africanos esta na sua real vontade de viver em sociedades mais justa nao só consigo próprio mais também com as sociedades „distantes“.

5 - A andorinha do mugabe é o dialogo constante entre as nossas opcoes como actores da estabilidade regional aqui na África austral. O debate sobre o Mugabe tem esta „ventoinha“ forma de espalhar as cartas que permitem ver como nossas opcoes politicas são perpetuadas na crença que temos na andorinha, se corremos ao estilo marcha-atras ou corta-matos nao interessa. Porque no final a crença resolve tudo. E o fantástico também. uma pura ficção inspirada no real das coisas: os interesses políticos e económicos das elites politicas e militares africanas.

terça-feira, outubro 09, 2007

E deus que nunca "vimos" chorar 1

Assim comeca uma manha. Todos choramos por uma causa qualquer. Porque deus encomendou que deviamos chorar. Desprovidos de qualquer lagrima. Segundo a lenda os homens choram todos os dias, para salgar a fome. Degustamos um prato sem sal porque existe comida. E empurramos nossa fome para a cozinha da nossa sobrevivencia. Entao choramos. Como criancas em coro. Nao ha alento no choro de adultos. Deus desculpou.
Algum dia os homens caminharam sem chorar? Nao, diz a lenda. Afinal choramos por que imitamos um deus. Ele chora calmo e sereno. Nao existe a culpa, nenhuma, para chorar sem desproporcao. Por isso as mulheres choram com beleza. Descobriram um deus que as segredou sobre o sorriso que deve nunca desaparecer. Zangaram os homens? Nao, afinal as mulheres choram aos bocados, na proporcao do utero que semeia nossas crencas.

domingo, outubro 07, 2007

a personalidade do utero 3

a ouripota, sobre os curandeiros da modernidade.
Chegas a um lugar desconhecido. Não é importante que te reconheçam. O mundo a tua volta esta cego. Os olhos são o nada, quando comparados a perna com que caminhas. Os passos são tão leves. Afinal mesmo com tua chegada este lugar é estranho.

O lugar é um destino para muitos como tu, inabitado, preso nas colinas de um horizonte infantilmente desbravado. Porque nao existe outra vontade para alem do suspiro de que sobrevivemos uma viagem inadiável. Não existem viagens preparadas, só o tempo prepara nossa descrença pelos bosques, assim foi a lenda que inspirou nossa vocação de carregadores de destino.

segunda-feira, outubro 01, 2007

a andorinha do Mugabe

1 - quando menino caçava andorinhas. melhor tentava caçar. comi tantas andorinhas. dos que conseguiam caçar. sempre fui o menos sortudo com a fisga. eu menino de chamanculo, eles refugiados de guerra da renamo, vindos de vilankulo. a minha esperteza estava no português que conhecia para enganar o guarda da escola primaria da Munhuana, para pegar a andorinha no telhado. assim foi, quase uma infância inteira.
2 - foi com a malta de caçar andorinha que descobriram-me para desportista. não sei de onde surgiu a ideia, o boato ou a crença, de que uma andorinha come-se correndo e sem olhar para trás. assim com a minha gang fazíamos um sprint de mais de 400 metros mastigando a carne assada, de andorinha. nunca questionamos o porque do ritual. afinal em vilanculos era assim. na maderazinco de chamanculo era assim. e assim fui descoberto pelo hoje Cameraman da TVM, antigo treinador da escola de jogadores do clube Muhafil.
3 - e a crença ocupou outros espaços de afirmação. justifiquei que seria convocado para a equipa principal se continuasse a correr e mastigando andorinha. nunca questionei se a corrida e o domínio da bola estava na técnica e nos treinos. era a adolescência das coisas, a crenca da invencibilidade e da perfeicao estava assente da magica forma de uma andorinha que explorava o ceu e o horizonte dos espacos nunca por nos conhecidos. joguei mal ou bem, a andorinha funcionou e disfuncionou, como qualquer outra crença.
4 - fui para o desportivo, afinal era ali no equipamento andorinha que podia ganhar. a crença ganhava outros valores. era preciso ter ambição. o técnico Uzaras, desmistificou a andorinha: "voce corre muito e joga como uma mulher". desde quando uma andorinha joga como uma mulher? será que já não mastigo bem a andorinha? meu amigo de vilanculos segredou-me que teriamos que correr de costas, ao estilo marcha-atras, e fomos correr nos eucaliptos, hoje edifícios da TVM e companhia mata-eucaliptos-distroi-barreiras.
5 - correndo e fintando eucaliptos, somos descobertos pelo mister do maxaquene. a andorinha não tinha clube de preferência pelos vistos. assim ficamos inscritos na equipe de atletismo do maxaquene. como explicar ao mister que só podemos correr mastigando uma andorinha assada? como explicar que correndo as voltas na pista de atletismo, no campo de maxaquene, nao satisfaz a nossa crença?
6 - esta "lembrança" de uma infância quase infalível vem aproposito do debate sobre o Mugabe e Zimbabwe. deve existir uma andorinha na crença do mugabe sobre a maratona politica. mastigando sentado, para livrar-nos de rugas e de pensar o futuro. a andorinha foi o machimbombo de muitas paragens, a viagem dos sonhos mastigados numa crença de adolescente. para mugabe a crença de um poder infalível, coexiste numa crença de adulto, mastigando um pais numa corrida ao faz-de-contas.