1- Longe do blogue o mundo não para, afinal a literatura nha mocambicana mostra isso, o celular vai se mocambicanizando, enquanto Mugabe estuda a democracia, e devia estudar mesmo, outros dizem que mal aprendeu dos outros, todos nós sabemos. E a blogues fera activa perde o Eugénio, afinal tudo é uma questão de esperar pelo ano novo, enquanto uns ficam mais velhos, outros renascem. A vida é um evangelho, afinal" Everyone has the power for greatness...
2- A mania do mundo, esta no mundo. Isso mesmo. O mundo tem mania porque existe um lugar perverso que se chama mundo. Tão redondo como a nossa própria existência. Não é uma conclusão, são perguntas ainda mal formuladas. Hoje, depois de uma jornada académica, fui saborear o sol no parque. Quando aqui faz sol, depois de prolongado tédio e frio, o mundo tem outra mania. Fica mais rebelde na forma redonda de viver dos seus habitantes. Sentei-me na primeira sombra que encontrei, porque o território do sol estava ocupado, com uma multidão, na sua maioria feminina, bronzeando-se. Como dizia o poeta-critico Marcelino na aemo, as mulheres são como lulas, no sol brilham e na água...
Na verdade o dia sentou-se por cima do meu olho. O cansaço. Passei quatro horas moderando uma míni conferência académica, entre estudantes vindos da Coreia , Franca, Canada, Rússia e Republica Checa. Gostaria de ter certeza de que a conferência não foi um two man show, um “se-calhar-entendi” entre os participantes, o moderador e tradutor. Eu sempre pensei que tivesse nascido num chamanculo errado nesta coisa de línguas, mas hoje posso dizer que o mundo nasceu no lugar errado. O mundo devia ter nascido no chamanculo, o pulmão do mundo não seria a amazónia mas o kapekape, ex-centro associativos dos negros seria a biblioteca alexandrina, o mercado do Diamantino seria o wall street, o Vaticano seria a nossa missão são josé no chamanculo c, o cinema olympia a Meca, a rua dos irmãos Roby o Titicaca, a avenida do trabalho o serengeti e como bons chamanculianos podíamos emprestar o nosso New Orleans-french quarter ao bairro de xipamanine e o taj mahal ao bairro da mafalala, assim a língua do chamanculo seria a biblia de boas coisas para entender o mundo... Mas não, deus quis fazer das suas, e assim nasceu este mundo redondo.
Mas é a língua que torna o mundo redondo. Não posso culpar a deus. Nesta sombra que protege o corpo do sol e não a imaginação que percorre o mundo, vou respirando na fadiga e na mania do mundo. De quando em vez, distraio-me, nas mulheres que se untam com creme, imagino que o sol nunca viu um animal tão teimoso como o homem. A Cleópatra preferiu leite e deu no-que-deu.
2- A mania do mundo, esta no mundo. Isso mesmo. O mundo tem mania porque existe um lugar perverso que se chama mundo. Tão redondo como a nossa própria existência. Não é uma conclusão, são perguntas ainda mal formuladas. Hoje, depois de uma jornada académica, fui saborear o sol no parque. Quando aqui faz sol, depois de prolongado tédio e frio, o mundo tem outra mania. Fica mais rebelde na forma redonda de viver dos seus habitantes. Sentei-me na primeira sombra que encontrei, porque o território do sol estava ocupado, com uma multidão, na sua maioria feminina, bronzeando-se. Como dizia o poeta-critico Marcelino na aemo, as mulheres são como lulas, no sol brilham e na água...
Na verdade o dia sentou-se por cima do meu olho. O cansaço. Passei quatro horas moderando uma míni conferência académica, entre estudantes vindos da Coreia , Franca, Canada, Rússia e Republica Checa. Gostaria de ter certeza de que a conferência não foi um two man show, um “se-calhar-entendi” entre os participantes, o moderador e tradutor. Eu sempre pensei que tivesse nascido num chamanculo errado nesta coisa de línguas, mas hoje posso dizer que o mundo nasceu no lugar errado. O mundo devia ter nascido no chamanculo, o pulmão do mundo não seria a amazónia mas o kapekape, ex-centro associativos dos negros seria a biblioteca alexandrina, o mercado do Diamantino seria o wall street, o Vaticano seria a nossa missão são josé no chamanculo c, o cinema olympia a Meca, a rua dos irmãos Roby o Titicaca, a avenida do trabalho o serengeti e como bons chamanculianos podíamos emprestar o nosso New Orleans-french quarter ao bairro de xipamanine e o taj mahal ao bairro da mafalala, assim a língua do chamanculo seria a biblia de boas coisas para entender o mundo... Mas não, deus quis fazer das suas, e assim nasceu este mundo redondo.
Mas é a língua que torna o mundo redondo. Não posso culpar a deus. Nesta sombra que protege o corpo do sol e não a imaginação que percorre o mundo, vou respirando na fadiga e na mania do mundo. De quando em vez, distraio-me, nas mulheres que se untam com creme, imagino que o sol nunca viu um animal tão teimoso como o homem. A Cleópatra preferiu leite e deu no-que-deu.
4 comentários:
jorge, a tua imaginacao é muito fértil. ela ganhou o direito de tirar conclusoes! excelente esta imagem de chamanculo, até fico com inveja. porque nao xai-xai?
elisio! com tanta procura para coisas bio-sei-la, a mente tambem fica fertil. sao pequenos rascunhos elisio, de umas coisas que vou escrevendo e pretendo nao atira-las para o lixo, ou porque as minhas horas de lazer passo com meus amigos do teatro e do cinema, vou dando asas a imaginacao e a animacao. mas acho que e a preguica, nao a do mundo, mas minha.
xai-xai? esse lugar, melhor aquele lugar, com os escritores de xai xai, os melhores da actualidade, o andes chivangue e o das dores, tentamos dar asas a imaginacao, afinal a melhor chamussa e bife que ja comi foi em xai xai. mas a nossa imaginacao foi um protesto porque nao ha bibilioteca, anfi-teatro, a unica livraria confunde-se com uma pastelaria apesar do esforco que foi empreendido pelo aboobakar e do sitoe. prontos tas a ver elisio, ja tou reclamando, o desabafo queria dizer. mas xai xai e o miau-miau do mundo, la onde o sabado e diferente, se nao tens boleia para o haley. a praia de xai xai, o santuario de mocambique, aos domingos, afinal o clube de gaza dormiu, ali danca-se as coisas da vida, o monhe, o chapeiro, o madjonodjoni, o estudante, a prima, o estudante, etc e a paraia fica magica, parece pequena um costa do dol em miniatura. oque se pode dizer de xai xai? a lingua, mas xai xai e xai xai elisio sabe disso.
excelente! se eu nao fosse suspeito por nao estar a viver lá, diria que aquele é o melhor lugar do mundo. esqueceste-te só do limpopo, aquela giboia enigmática mae de toda a nossa alegria e dor.
Como é bom recordar esse Chamanculo, esse mercado do Diamantino, a cantina do Diamantino, o componde do Diamantino...afinal o Diamantino era meu pai. Nasci e vivi no Chamanculo. Todos os dias jogava matacuzana à sombra dum canhoeiro que havia ao lado da cantina do Diamantino, onde vivi até terminar a instrução primária, feita na Escola de Sao José de Lhanguene.
Obrigada chapa 100. Abraço fraternal.
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