Conheci Cuvilas como um jovem de bom gosto, estas coisas discutíveis na vida, mas na arte muito apeticiveis. Maputo tem esta magia de ser uma aldeia para jovens amantes e fazedores da arte, todos inspiramo-nos debaixo do mesmo sol, da mesma acácia, do mesmo bocado de conversa e de acontecimentos artisticos que acontecem no dia-dia. Cuvilas estava sempre onde aconteciam coisas boas, a sua presenca servia de um enunciado de uma noite maravilhosa, artisticamente trabalhada, original no sentido de que emprestava de nos um singular soneto de sentidos numa multidão de olhares e movimentos. Assim, aprendi com Cuvilas a respeitar as pequenas catedrais de arte, onde religiosamento falavamos deste ego que acompanha os artistas. Um ego que tem de igual uma barriga de cegonha, cheia de fantasia, e de uma realidade que so pertencia a cada um de nos, os artistas. Nessas pequenas catedrais, aprendemos a trabalhar nossa inspiração na musica, na escrita, na dança, na pintura, na escultura, no cinema. E Cuvilas escutava mais do que falava, era esse o seu sentido de observar, para ele interessava a nossa mímica, nossos gestos intermitentes, voadores, para expressar nossa fala.
Por isso, tristemente, recordo-me dos seus espectáculos, da invulgar forma de invadir nossa realidade, com movimentos tão seguros de ritmos e pureza, da sua rasta musculosa como os braços que contornam a sombra da luz. A intensidade com que trabalhava a dança africana, mostrando a indiscutível beleza que nossas danças tem para falar do mundo. Assim conheci Cuvilas. Deixou-nos com uma quantidade de coisas para catalogar, escrever e fazer dos palcos o mundo dos vivos.
Cuvilas, vai com paz e poderemos talvez se uma bala deixar, continuar aqui nas pequenas catedrais que tu bem deixaste.
Veja nos próximos post do blogue mãos de moçambique, uma homenagem a vida e obra deste jovem bailarino e coreografo.
Por isso, tristemente, recordo-me dos seus espectáculos, da invulgar forma de invadir nossa realidade, com movimentos tão seguros de ritmos e pureza, da sua rasta musculosa como os braços que contornam a sombra da luz. A intensidade com que trabalhava a dança africana, mostrando a indiscutível beleza que nossas danças tem para falar do mundo. Assim conheci Cuvilas. Deixou-nos com uma quantidade de coisas para catalogar, escrever e fazer dos palcos o mundo dos vivos.
Cuvilas, vai com paz e poderemos talvez se uma bala deixar, continuar aqui nas pequenas catedrais que tu bem deixaste.
Veja nos próximos post do blogue mãos de moçambique, uma homenagem a vida e obra deste jovem bailarino e coreografo.
Sem comentários:
Enviar um comentário