Parece ser comum hoje comentar que o chapa 100 governa nossas vidas. E não estamos enganados, segundo a percepção popular. Por muito tempo alguns actores políticos da praça, andaram a criar governos paralelos e governos sombra. Fizeram-nos crer que tinham mandato político para tal ousadia. Alguns justificaram que era um experiencia comum no mundo, em democracias mais adultas. Não estavam enganados.
Mas esqueceram-se de perguntar se tinham mandado político-social, entendido como popular, para tamanha ousadia. O chapa 100 mostrou que tem um capital político-social de fazer tremer qualquer partido no governo ou na oposição. Fazer estremecer um pais não é uma questão de ousadia, é de muita força social que supera o capital político de muitos. O sociólogo Carlos Serra chamou este capital político-social do chapa 100 de um sismo social.
Não pretendo aqui dar um cunho político ao chapa 100, sob pena de criar governos paralelos nas estradas moçambicanas. Mas interessa-me, este paralelismo que o chapa 100 tem com o nosso ambiente político e seus actores. E não são só os partidos políticos com seus governos paralelos e sombra que são desafiados pelo capital político-social do chapa 100. E a media? Esta declarou-se o quarto poder. O mandato para estabelecer esse quarto poder foi buscar na experiencia do mundo, em democracias mais adultas.
Mas em democracia menos adulta, o poder assenta em outros actores. Menos experientes mas ousados, bastante frágeis em relação a concepção que temos de um estado funcional, mas aparatosos no controle das relações sociais, políticas e económicas do cidadão no dia-a-dia. O poder do chapa 100 assenta na miniatura das relacoes formais do quotidiano quando existe uma percepcao generalizada da ineficiencia das instituicoes formais, o que particularmente cria incentivo para alguns actores especializados em relações sociais, económicas e politicas informais. E os ultimos desenvolvimentos mostram que existem vários governos paralelos e com poderes que disputam o controle pela dimensão normativa do exercicio de poder no estado, isto é, na busca de legitimidade para o controle das relações sociais, economicas e politicas na nossa sociedade. Mas importa aqui questionar porque que alguns segmentos da nossa sociedade não se querem transformar num poder que aposta no incentivo ao crescimento/fortalecimento de instituições formais e estruturais na sociedade? E será que o nosso sistema democratico menos adulto permite isso?
Mas esqueceram-se de perguntar se tinham mandado político-social, entendido como popular, para tamanha ousadia. O chapa 100 mostrou que tem um capital político-social de fazer tremer qualquer partido no governo ou na oposição. Fazer estremecer um pais não é uma questão de ousadia, é de muita força social que supera o capital político de muitos. O sociólogo Carlos Serra chamou este capital político-social do chapa 100 de um sismo social.
Não pretendo aqui dar um cunho político ao chapa 100, sob pena de criar governos paralelos nas estradas moçambicanas. Mas interessa-me, este paralelismo que o chapa 100 tem com o nosso ambiente político e seus actores. E não são só os partidos políticos com seus governos paralelos e sombra que são desafiados pelo capital político-social do chapa 100. E a media? Esta declarou-se o quarto poder. O mandato para estabelecer esse quarto poder foi buscar na experiencia do mundo, em democracias mais adultas.
Mas em democracia menos adulta, o poder assenta em outros actores. Menos experientes mas ousados, bastante frágeis em relação a concepção que temos de um estado funcional, mas aparatosos no controle das relações sociais, políticas e económicas do cidadão no dia-a-dia. O poder do chapa 100 assenta na miniatura das relacoes formais do quotidiano quando existe uma percepcao generalizada da ineficiencia das instituicoes formais, o que particularmente cria incentivo para alguns actores especializados em relações sociais, económicas e politicas informais. E os ultimos desenvolvimentos mostram que existem vários governos paralelos e com poderes que disputam o controle pela dimensão normativa do exercicio de poder no estado, isto é, na busca de legitimidade para o controle das relações sociais, economicas e politicas na nossa sociedade. Mas importa aqui questionar porque que alguns segmentos da nossa sociedade não se querem transformar num poder que aposta no incentivo ao crescimento/fortalecimento de instituições formais e estruturais na sociedade? E será que o nosso sistema democratico menos adulto permite isso?
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