sábado, março 24, 2007

no meu pais o paiol namora o calor, e no amor saiem faiscas

a morte. é uma perda. a vida que nos deixa. nao segreda. é menos vaidosa que a vida que nasce. na morte, somos pequenos homens esquecidos pela vida. alguem decidiu que devia ser assim. e inventou o luto. o preto. o caixao. a lagrima. para de nos cobrar o que nao somos capazes de entender na morte. uma paiolada de corpos.
a vida anuncia-se. uma pronuncia da barriga que engravida. do nome que nos dao. do sexo que deus escolhe.
a morte aparece. no estilhaco que nao avisa. na corrida que rouba o destino. na crianca perdida. no panico que nao tem coordenadas. o sul ou norte na morte nao interessa. interessa que a morte nao escolhemos. escolhem os outros. um deus humano. deus que tem patencia, salario, passaporte diplomatico, guarda-costas, e nome.
no meu pais a morte ginga. anda impune. inventa circus. e nao é palhaco.

2 comentários:

Avid disse...

Revolta muda...
Bjs meus

chapa100 disse...

e muda e desmuda.