Cena I
Escrever pode ser uma dor. Pequena. Do nosso tamanho. A dor que tem ruído, faz tudo que lhe apetece.
As vezes tenho a sensação que poderia viajar com ela. com a dor.
Cena II
Por muito tempo acreditei que podia descrever a dor. Torna-la comum, igual as crónicas de viagem, falar de pequenos momentos.
Cena III
Penso. Contigo. Na dor.
Na melhor maneira de escrever-te
Enviar uma mensagem
Da noite que é neste mar
Cena IV
Vou escrever como pediste. Sabes que custa escrever? Imagina. O parto. Sou da gravidez de 12 meses, de ventre ambulante . Todas as mulheres foram minhas mães, uma por hora, outras por dias, aquelas que queriam mais tempo não pude dá-las, afinal queria ser justo com o ventre delas.
Cena V
A porta. na Dor.
Enorme e barulhenta
Amistosa e distraída
A Porta
Torta
E Talhada
A ferro ou a madeira
Tem a maldade
Da porta. da dor.
Dor do mar
Cena VI
Escrever pode ser uma dor. Pequena. Do nosso tamanho. A dor que tem ruído, faz tudo que lhe apetece.
As vezes tenho a sensação que poderia viajar com ela. com a dor.
Cena II
Por muito tempo acreditei que podia descrever a dor. Torna-la comum, igual as crónicas de viagem, falar de pequenos momentos.
Cena III
Penso. Contigo. Na dor.
Na melhor maneira de escrever-te
Enviar uma mensagem
Da noite que é neste mar
Cena IV
Vou escrever como pediste. Sabes que custa escrever? Imagina. O parto. Sou da gravidez de 12 meses, de ventre ambulante . Todas as mulheres foram minhas mães, uma por hora, outras por dias, aquelas que queriam mais tempo não pude dá-las, afinal queria ser justo com o ventre delas.
Cena V
A porta. na Dor.
Enorme e barulhenta
Amistosa e distraída
A Porta
Torta
E Talhada
A ferro ou a madeira
Tem a maldade
Da porta. da dor.
Dor do mar
Cena VI
Aquelas que toda noite fui sonho delas, queriam que o parto fosse com elas, por vezes encontrei barrigas quentes, dóceis e bonitas. Eram barrigas de cegonhas para a minha mãe.
Cena VII
Umas eram estúpidas
Davam-me nomes esquisitos
Falaram da tristeza, a que
Me espera
Fora do ventre
Cena VIII
Aprendi
Que a barriga tem a beleza do mar
Serve para tudo
Da vergonha ao orgulho
Cena IX
Contam que na noite o mar não dorme. Nunca se perguntou a razão à noite.
O mar não aceitou o meu convite ao sono. Agora dou-lhe razão, o sono deixou de ser milagroso: ao se acordar os corpos continuam famintos e a religião domina a esperança, as lágrimas continuam a salgar o mar.
3 comentários:
isso irmao...apologista da malandragem ca estou neste domingo...ressacado das putas e cervejas pretas de maputo.
como vai isso meu irmao?
bom domingo.
O sono so deixa de ser milagroso quando a alma o permite... Necessariamente o sal das lagrimas nos mantem atentos e famintos para que o amanha nao seja apenas mais um dia... seja O dia!
Bjs meus
Enviar um comentário