sábado, fevereiro 03, 2007

praga sem mar

a Lilia Momple

Imagina.


Que hoje o dia tem direito
a queixar-se.

Falar
como homem
aos homens.

Dizer
o que lhe vai
no seu dia prolongado
na mentira da noite.

Imagina.

Que tu serias
o confessionario.

Onde
o dia
de cócoras
contaria a verdade
para que sexo
o dia pende.

Para o mar?

Imagina.

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