Hoje o motorista deste chapa100 completa mais um ano de vida. A idade tem seu peso, como qualquer pedaço de coisas úteis, a pedra por exemplo. Eu, tenho o peso dos sentidos difíceis, tão exímios para amar e perscruta-los como o búzio de um mar vermelho. E se o mar é isso então em plena constante amo a vida.
A idade tem o peso da pedra. De um rochedo carinhoso e forte para contemplar as ondas. Engana-se quem da pedra esquiva-se, não há como fugir dela, só podemos ampara-la. Nesta quase agradável noite, numa cidade tranquila e invadida pelo silêncio de um ventre africano, contemplo a sua opulência num sarau melancólico. O ventre devia ter sido a lua que na pedra casou, com olhos grandes de quem admira a exuberancia da vida marinha e que na procura do aroma, de uma orquidea, descobriu as montanhas de rubi.
Os caminhos fazem-se moendo verbos, mesmo quando andamos tão certos de um lugar que conhecemos. Por isso festejamos a idade, como a montanha de rubi, porque estamos cegos no verbo que conduziu-nos a pedra. A minha idade pesa por isso, mas devia ser mais leve, para no mar balouçar e na pedra esquivar. Não, não foi assim. Foi preciso ampara-la, com o peso dos caminhos percorridos e aprender amar a sua opulência. Da idade não se esquiva, ampara-se como o ventre africano, de olhos grandes, que na pedra do ex-miguel bombarda deu a luz. E nasci a 25 de Abril.
A idade tem o peso da pedra. De um rochedo carinhoso e forte para contemplar as ondas. Engana-se quem da pedra esquiva-se, não há como fugir dela, só podemos ampara-la. Nesta quase agradável noite, numa cidade tranquila e invadida pelo silêncio de um ventre africano, contemplo a sua opulência num sarau melancólico. O ventre devia ter sido a lua que na pedra casou, com olhos grandes de quem admira a exuberancia da vida marinha e que na procura do aroma, de uma orquidea, descobriu as montanhas de rubi.
Os caminhos fazem-se moendo verbos, mesmo quando andamos tão certos de um lugar que conhecemos. Por isso festejamos a idade, como a montanha de rubi, porque estamos cegos no verbo que conduziu-nos a pedra. A minha idade pesa por isso, mas devia ser mais leve, para no mar balouçar e na pedra esquivar. Não, não foi assim. Foi preciso ampara-la, com o peso dos caminhos percorridos e aprender amar a sua opulência. Da idade não se esquiva, ampara-se como o ventre africano, de olhos grandes, que na pedra do ex-miguel bombarda deu a luz. E nasci a 25 de Abril.